Estamos quase no meio de dezembro e com 2023 batendo a porta vamos alertar para algo bem importante: as tendências em TI para 2023.
Já explicamos em outros posts a importância da tecnologia para o crescimento das empresas, isso não é novidade, porém vamos destacar o porquê precisamos ficar atentos ao que o mercado exige, afinal ninguém quer ficar para trás.
Segundo a empresa Gartner são 10 as tendências para 2023:
1 – Digital Immune System / Sistema Imunológico Digital
2 – Applied Observability / Observabilidade Aplicada
3 – AI TRiSM / Inteligência Artificial TRiSM
4 – Industry Cloud Plataforms / Plataformas de nuvem da indústria
5 – Plataform Engineering / Engenharia de Plataforma
6 – Wireless-Value Realization / Realização de valor pela internet sem fio
7 – Superapps / Superaplicativos
8 – Adaptive Al / Inteligência Artificial Adaptável
9 – Metaverse / Metaverso
10 – Sustainable Technology / Tecnologia Sustentável
Eles esperam que as tendências influenciem as estratégias baseadas em quatro pontos principais: otimização dos processos, escalonamento de produtos e serviços nas variadas soluções, pioneirismo para o melhor relacionamento com o cliente e a busca das soluções tecnológicas sustentáveis.
Conversamos com Thiago Silva, coordenador de soluções tecnológicas da Portfolio Tech para entender melhor das tendências para 2023. O resultado desse bate-papo você confere agora.
Portfolio Formação: Você acredita que essas serão mesmo as tendências para 2023?
Thiago Silva: Sim! Acredito que as principais tendências para 2023, e para o futuro, estão nesta lista!
Nos últimos anos, tivemos, além de um avanço exponencial da tecnologia, muitas empresas que passaram por uma transformação digital em seus processos e cultura organizacional.
Seja por reflexo da pandemia da covid-19 ou por melhorias no relacionamento com os clientes, essas empresas tiveram que lidar com um aumento considerável da quantidade de fluxos de dados, informações e processos automatizados.
Com isso, se faz necessário o uso de uma infraestrutura tecnológica escalonável, com alto desempenho e baixo custo de manutenção, bem como tráfego de dados de forma segura e conexões inteligentes, que garantam processos e atendimentos as pessoas de forma prática e confiável, gerando análises assertivas e tomadas de decisões automatizadas.
Portfolio Formação: Sobre metaverso… Você acredita que vai se tornar popular ou houve apenas uma grande expectativa sobre o tema e suas aplicações?
Thiago Silva: Esse é um assunto complexo que, embora seja futurístico, nos faz refletir sobre acontecimentos do passado…
Primeiramente, é importante ressaltar que, essa não é a primeira vez que o tema metaverso surge na indústria tecnológica e esquenta o mercado mundial. Tivemos, há um tempo atrás, esse mesmo conceito, que enfatiza um mundo paralelo, aplicado a tecnologias de realidade virtual, realidade aumentada e, até mesmo, em jogos de vida simulada (tais como, Second Life ou The Sims, por exemplo).
Porém, surgiu uma grande força, que impulsionou esse tema, provocada por uma das principais Holding do Mundo, atualmente: A Meta. Esse grupo de empresas, iniciou a década inflando o mercado de investimentos e gerando esperança aos seus acionistas, prometendo novos produtos com essa temática, inclusive segmentando suas marcas e investindo alto no desenvolvimento dessas tecnologias.
E isso, de certo modo, reforça a ideia de que nós temos um monopólio, quando discutimos sobre “avanços das tecnologias” ou “tendências para o futuro”, uma vez que, no presente momento, tudo gira em torno de três grandes CEO’s: Mark Zuckerberg, Elon Musk e Jeff Bezos. Assim como no passado tínhamos Bill Gates e Steve Jobs como “visionários tecnológicos”, essas outras três pessoas influenciam os investidores no mercado e apontam as tendências do futuro.
Então, acredito que o tema metaverso, assim como em outras tentativas no passado, surge nesse ano com alta expectativa, devido aos grandes investimentos que tem recebido dos CEO’s em suas respectivas empresas, porém é difícil acreditar que isso se torne popular ainda em 2023. Temos ainda uma falta de confiabilidade das pessoas, e organizações, quanto a outros temas relacionados, tais como: criptomoedas, realidade aumentada, internet das coisas.
Além disso, a própria Meta, por sua vez, teve uma grande queda do seu público no Facebook, que acabaram migrando para outras redes sociais (principalmente, os jovens). Então, o desafio se torna bem mais difícil pois, além do fato do mundo paralelo mexer com a cultura das pessoas, questões políticas e mercado financeiro, Mark Zuckerberg e seu time terão que reconquistar antigos fãs que, no momento, estão desacreditados dos aplicativos da Meta e com foco em outras tecnologias.
Portfolio Formação: Como as empresas podem associar a tecnologia da informação na busca por um ambiente mais sustentável?
Thiago Silva: Existe um lema bastante conhecido, entre as pessoas que trabalham com TI, que diz: “No mundo da tecnologia, nada se cria, tudo se copia!” [risos] mas, brincadeiras à parte… Isso é muito válido para a transformação digital das empresas, pois criar algo do zero requer tempo, muito trabalho e investimento financeiro. Com a tecnologia, vale muito mais a pena evoluir algo que já existe, moldando as regras de negócio e necessidade da organização, do que inventar algo completamente novo.
A tecnologia vem para nos ajudar a resolver problemas, automatizar e melhorar processos, gerar economia de tempo e dinheiro, evitar ou minimizar impactos por falhas existentes, manter padrões de planos e projetos e, além de tudo, vem para otimizar resultados.
Com isso, acreditar que a tecnologia é um excelente aliado a sustentabilidade, é renunciar os gastos com papel, impressão, materiais de escritório, riscos, tempo e dinheiro.
Portfolio Formação: É preciso redobrar os cuidados com a segurança da informação? Como não se tornar vulnerável aos ciberataques?
Thiago Silva: Sim, acredito que seja necessário redobrar os cuidados com a segurança, uma vez que existem riscos do metaverso que podem ser irreversíveis: a alienação dos usuários com a imersão em uma realidade paralela, não se importando com os impactos ou menosprezando as consequências causadas por falhas de segurança, como sequestro de dados ou roubo de informação, por exemplo.
Além de redobrar os cuidados com a segurança, é importante contar com a ajuda de especialistas que entendem e conseguem implantar técnicas e ferramentas que garantam a segurança da informação em uma organização. Essas prevenções vão desde treinamento das pessoas, para evitar roubo de informações via engenharia social, até simulações de testes de invasão em uma infraestrutura de dados.
Para evitar ou minimizar os danos de ataques virtuais, é importante ter políticas de segurança da informação, planos de recuperação de dados, seguir as normas da LGPD, ter uma infraestrutura segura para armazenamento e replicação de dados, rotinas de backup e recovery ativas, treinamento das pessoas que vão trabalhar com as tecnologias ou que fazem parte dos processos que envolvem dados sensíveis, rotinas de testes e simulações, criptografia de dados trafegados e senhas, entre outros diversos mecanismos essenciais a segurança da informação.
Conclusão
As tendências para a TI em 2023 apresentadas por nós e validadas com reflexões acerca do tema de forma ampla e específica pelo Thiago Silva, coordenador de soluções tecnológicas da Portfolio Tech nos mostra que discussões sobre essa temática estão apenas começando. A tecnologia da informação já faz parte dos nossos dias na usabilidade de produtos, serviços e ferramentas, mas muito ainda há para se discutir sobre segurança de dados, engenharia social, tecnologia sustentável e outros temas relevantes que muitas vezes ficam para segundo plano.
Traremos em breve mais conteúdos relativos a esses temas nessa e nas demais plataformas do Grupo Portfolio.